quinta-feira, 12 de julho de 2012

De casa nova

O Racing Team agora esta se mudando, siando do Blogger e indo para o Wordpress. Será o mesmo blog, porem de casa nova e nome novo. Agora é Eau Rouge.

O blog já esta em operação, para quem quiser ver.
Cá está o link: http://eaurougeblog.wordpress.com/

sábado, 7 de julho de 2012

Boa Iniciativa

Hoje, entrei no Facebook e acabei por saber, via Marcelo Giacomello, que a Formula 1.6 abrira espaço para os velhos F-SP originais disputarem na categoria.

Formula São Paulo, alguns desde 2009, sem correr
Essa, na minha opinião, é uma ótima ideia, pois alguns Formula São Paulo estão perdidos, sem categoria desde 2009. E agora, a F-1.6 abre esse espaço para estes potentes carros. Para quem não sabe o que é a Formula São Paulo e quem são estes carros, contarei agora:

Henrique Lambert acelerando seu Techspeed em Interlagos.
A Formula São Paulo foi criada em 1999, como uma categoria para substituir a Formula Ford (ela sempre), porem, usava um kit de motor diferente. Um motor Volkswagen AP 1.8 preparado, que rendia 132cv, com um cambio Hewland Mk.9, sequencial de 5 marchas. Foi uma categoria, que no começo, fez muito sucesso, tendo a Techspeed fabricado entre 2000 e 2001, um carro próprio para a categoria, equipado com sistemas eletrônicos de aquisição de dados (AIM, Alfano ou PI) entre outros, porem, em 2002 a Techspeed parou de fabricar estes carros. Nos grids, haviam carros como JQ Reynard e Techspeed. Porém, depois de alguns anos, a categoria decaiu de um grid relativamente grande (15 carros) de outrora para míseros 8 carros no seu fim. Após o fracassado projeto da Super Formula 2.0 dar errado e afundar, levou junto a já em estado terminal Formula São Paulo, em 2009. Seus problemas eram o alto custo por corrida, que superava R$8.000 por corrida. Porem, a categoria teve um renascimento curto em outras paragens...

Formula BKR, o renascimento da categoria no Espirito Santo
Em 2010, Geraldo Backer, o ''Bata'', trouxe 8 monopostos Techspeed da Formula São Paulo e preparou mais um JQ Reynard, que já estava por lá com o motor AP e o cambio Hewland, e criou a Formula BKR. Já existia uma Formula BKR antes, mas era com carros de turismo e protótipos, tudo junto, já era uma categoria conhecida por aquelas paragens, sendo até televisionada. Porém, quando chegou os Formulas, a categoria se tornou uma categoria ''master'' no automobilismo capixaba, era pequena, porem disputada. Porem, só tinha corridas no pequeno Autódromo Mestre Alvaro (hoje Autódromo Geraldo Backer), em Serra-ES. A categoria aguentou três anos, tendo poucas etapas e os mesmos pilotos. Porem, o sonho acabou no inicio de 2012, quando houve o acidente que tirou a vida do criador da categoria Geraldo ''Bata'' Backer, correndo por um teste com um Techspeed de F-Ford, preparado pelo próprio Bata, ele teve um mal-súbito e bateu seco no muro. Ai, a categoria acabou e os carros foram vendidos.

Michel Duarte já tem um Formula preparado e já é certo para correr com o 1.8.
E hoje, estes carros estarão correndo na Formula 1.6. Isso é ótimo, pois estes carros correndo por estes rincões é melhor para a categoria, que ganha mais receptividade, melhor para os pilotos, que tem mais uma alternativa para correr em categorias de Formula, e melhor para os carros, que não ficaram mais órfãos de categoria, parados em garagens.
Mas, como isso vai funcionar?
Os carros correrão junto com os Cat.A e os Cat. Light, porem serão equiparados no regulamento e terão pontuação própria (como a Light ou a A), sera mais uma categoria da categoria. O que é uma boa. Torço para que de certo.
Nas próximas etapas, os F-1.8 (como estão sendo chamados) correrão em âmbito de testes, sem marcar pontos. É provável que ano que vem, estes carros já estejam correndo oficialmente. Para quem ficou interessado, há informações no site da categoria, que está aqui.





quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tour de France: a historia da AGS (parte 3)

Continuamos mais um capitulo do Tour de France, a serie sobre a equipe AGS. Hoje falando sobre a temporada de 1987, onde pouco mudou...

Mudou?... NÃO!
Em 1987, foi feito um esforço grande, porem a equipe ainda era a mesma coisa. O carro era o JH22, o mesmo carro de 1986, porem com um motor aspirado Cosworth DFZ. O piloto era o novato Pascal Fabre, que havia pilotado muito com os Formula 2 e Formula 3000 da AGS, ele tinha a confiança da equipe, e conseguia terminara as corridas (o que era ótimo para um carro de 1983 disputando a temporada de 1987), tanto que terminou nove das catorze etapas que disputou pela equipe, mas nunca disputando pontos, sendo que a melhor posição dele com a AGS foi dois nonos lugares na França e na Inglaterra, sendo que não se qualificou para três das etapas. Isso não era suficiente para a equipe, e Fabre saiu da equipe, dessa vez para não voltar.

Pascal Fabre se arrastando com a AGS em Monaco.
Quem trouxeram apara correr na equipe, foi lá o ''guerreiro'' Roberto Moreno (que não pilotava na Formula 1 desde 1982). Com Moreno a equipe foi para frente e conseguiu marcar seu primeiro ponto, em Adelaide. Porém, ali era fim de temporada. E Moreno, o responsável pelo primeiro ponto da AGS foi chutado da equipe... e foi substituído por outro piloto com mais patrocinadores. E Moreno (como qualquer um que estivesse no lugar dele) não gostou disso, mas não restou muita coisa, e Moreno se foi para a Formula 3000, onde foi campeão em 1988.

Moreno conseguiu tirar água de pedra da AGS e fazer o primeiro ponto da equipe...
A AGS até que se deu bem na temporada de 1987, conseguiu ficar no páreo da Ligier (mais bem financiada que a AGS, porém em 1987 foi o começo da queda da equipe) e da March (que retornou com sua equipe, que não corria desde a temporada de 1982).

...porém, isso não evitou que fosse chutado da equipe, mas foi melhor para ele, que se boleou  para a Formula 3000 e foi  campeão da categoria.

Em 1988, finalmente alguma coisa mudaria na AGS, mas isso só sera discutido no próximo post...

E continua o Tour de France...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Tour de France: a historia da AGS (parte 2)

Continuamos (depois de uma grande pausa)o Tour de France a serie sobre a AGS, hoje falando sobre como tudo começou na Formula 1.

Didier Pironi testando a AGS.

No inicio do verão de 1986, foi anunciado que a AGS começaria sua primeira temporada na Formula 1 no GP da Itália, em Monza. Mas a coisa não era muito boa, a estrutura da equipe era meio bizarra, contando piloto e pessoal, só havia oito pessoas e tinha como base, a antiga Garage d'Avenir, em Gonafron. Comparando com a situação de uma McLaren, Williams ou Ferrari, que tinham o staff muitas vezes maior, a AGS era irrisória.

De todos que tem ai, só oito são da AGS, o resto é tudo penetra.
A AGS apareceu aquele ano com um carro projetado por Christian Vanderpleyn. O AGS JH21C era uma mistura de um chassis Renault RE40 e algumas peças da Renault (muito usadas) e peças do ultimo F3000 da AGS. O carro era tão ''alternativo'' (para não dizer outra coisa), que o piso do carro era feito de madeira (p*rra, madeira?! não tinham outro material melhor). E para piorar, o carro era equipado com um já bem usado motor Motori Moderni V6 Turbo e foi pilotado pelo novato Ivan Capelli.

Ivan Capelli se virando com o JH21C
No inicio da temporada, Didier Pironi testou o AGS em Paul Ricard. Pironi não pilotava desde 1982, quando se acidentou no GP da Alemanha e esmigalhou as pernas. Quando pilotou com a AGS, viu que não tinha mais pique para correr na Formula 1, acabou por escolher ir pilotar barcos, e morreu em 1987, fazendo isso.

Capelli penou com o velho chassi da AGS
Capelli teve que se virar, na Italia, a AGS não pontuou nas duas etapas. Em Monza, Ivan Capelli abandonou na volta 31, por uma problema no motor e em Portugal abandonou na volta 6, por um problema no já bem velho cambio Renault. A AGS decidiu não disputar as duas ultimas etapas, para concentrar esforços para o outro ano. E em 1987, nem tudo mudaria...  mas isso só sera visto no próximo capitulo.

E continua o Tour de France...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tour de France: a historia da AGS (Parte 1)

Estava planejando essa serie desde que estava escrevendo a da Andrea Moda, a pedidos do Gabriel Santos, sai agora a historia da AGS.

E que comece o Tour de France!


A AGS foi fundada em um dia, pelo mecânico Henri Julien, que era dono de uma mecânica, chamada ''Garage de l'avenir'', em Gonafron, uma cidadezinha cravada no meio da França. Nos anos 50, Julien participou de algumas corridas, em categorias regionais na França, porem, não pilotava muito bem, mas tinha uma habilidade incrível com mecânica, e com o conhecimento técnico que ganhou nas categorias, ele começou a construir seus próprios carros.

Henri Julien (esquerda), nos tempos de Formula 2
Em 1969, ele construiu o primeiro carro, o AGS JH1, era um monoposto pequeno, da Formule France. O carro foi desenhado por um aprendiz de Julien, o mecânico belga Christian Vanderpleyn (que ficaria na equipe até 1988). Após isso, a AGS começou a fabricar seus próprios carros de Formula 3, eram carros bem avançados, mas não eram páreos a os Martinis, que dominavam a Formula 3 naqueles tempos.

AGS JH15, um desafio na Formula 2 Europeia
Em 1978, Julien tomou coragem e deu um passo a frente, e inscreveu a pequena equipe na Formula 2 Europeia. Foi um desafio para a AGS, que criou o AGS JH15 (equipado com um motor BMW), que foi projetado, construido por Christian Vanderpleyn e pilotado por Jose Dolhein e Richard Dallest. Competiu a temporada de 1978 e 1979 com este carro, e não pontuou nas duas temporadas.

AGS JH17,  os primeiros pontos da AGS na Formula 2
Em 1980, a AGS fabricou outro carro, bem mais avançado que o já antigo JH15, o JH17, tinha a aerodinâmica bem melhor que do JH15, bem mais leve, porem o motor ainda era o BMW. Com este carro e tendo o experiente Richard Dalliest como piloto, venceram em Pau e Zandvoort, tirando um 6º no campeonato, com 23 pontos.
Em 1981, eles tinham o AGS JH18, que era um JH17 maior, com poucas modificações no chassis e na aerodinâmica, o motor era o mesmo BMW e o piloto era ainda o Daliest. Mas o carro não surtia o mesmo efeito que dava em 1980, Daliest terminou em 17º, com 4 pontos. Com isso, houve uma modificação na AGS, Ricahrd Daliest saiu da equipe e entrou Philippe Streiff e Pascal Fabre

AGS JH19, depois de três versões, o carro ficou bom.
1982, tinham pilotos, e o carro? Era o JH19, muito parecido com o JH18, porem o que modificou foi o chassis, que foi melhorado do original, o motor era o BMW. Nos comandos de Philippe Streiff, o carro era ótimo, pontuando em Thruxton, Spa, Donnington e Enna-Pergusa, porem o Fabre... quando dava certo, pilotava bem, conseguia marcar pontos, mas quando as coisas davam errado, davam muito errado, tanto que abandonou, ou não pontuou em maioria das corridas, só pontuando em Mantorp Park e Vallelunga. No fim, Streiff terminou em 6º, com 22 pontos e Fabre terminou em 15º, com 5 pontos. Com isso Fabre saiu, mas voltaria...

AGS JH19C, o ultimo a vencer na Formula 2
Em 1983, eles contrataram Fulvio Maria Ballabio como 2º piloto, e carro também estava diferente, o JH19B tinha poucas modificações aerodinâmicas do JH19, principalmente na carenagem do motor, o motor ainda era aquele velho BMW. Esse ano foi ótimo para a pequena equipe, que terminou com Philippe Streiff em 4º, com 25 pontos, tendo tirado um segundo lugar em Enna-Pergusa, já o Ballabio, terminou como sempre, em 17º, com 3 pontos, ninguém gostou disso (bem dizendo que ninguém gostava do Ballabio), chutaram Ballabio e colocaram Pascal Fabre de novo.

1984, a ultima temporada da Formula 2, e definidamente, esse foi o melhor ano da AGS, ela foi inspirada aquele ano, tendo os pilotos que tinham, a equipe estava ótima. O carro tinha alcançado o máximo, o JH19C foi somente os acertos aerodinâmicos do JH19B, que foram a asa dianteira retirada e o afinamento do bico, e a asa traseira, que foi modificada, sem mais, era o mesmo do JH19B. Naquele ano, Streiff teve que se contentar a disputar o 3º lugar com Michel Ferté, e mesmo assim, ficou em 4º, com 27 pontos, 2 pontos a menos que Ferté, mas quem assustou mesmo aquele ano foi Pascal Fabre, que pilotou muito bem o campeonato inteiro, e chegou a vencer uma corrida, em Hockenheim, e terminou o campeonato em 8º, com 13 pontos. Um adendo, a AGS foi a ultima equipe a ganhar um GP na Formula 2, em Brands Hatch, com Phillippe Streiff. A Formula 2acabou, e agora, o que restava? Ir para a Formula 3000.

AGS JH20, a unica deles na F-3000

1985, a AGS mudou radicalmente de categoria, agora era a Formula 3000, tinha o regulamento muito diferente da Formula 2, tanto que o carro, o JH20, não foi feito pela AGS, foi feito pela Duqueine, era uma carro completamente diferente do que o pessoal da AGS conhecia da Formula 2, era mais avançado, tinha uma aerodinamica boa, e o motor era um Cosworth DFV, bem diferente do BMW que usavam na Formula 2. O já experiente Philippe Streiff pilotava na equipe, mas foi um retrocesso, Streiff terminou o campeonato em 8º, com 12 pontos, porém, Henri Julien não estava contente com o regulamento e a organização do novo campeonato, e saiu da Formula 3000 no fim da temporada de 1985. Aí ele pensou em dar o primeiro passo para a Formula 1.

A Formula 1, saberão no próximo capitulo, mas podem esperar três coisas, staff pequeno, peças usadas de Formula 3000 e madeira.


sábado, 5 de maio de 2012

Andrea Moda: Parte 7

Finalmente, depois de muito tempo, terminamos a serie sobre a passagem da Andrea Moda na Formula 1, hoje falando do pós-Andrea Moda, o que aconteceu com todos os envolvidos na historia.

A Andrea Moda tinha mais patrocinadores que a Sauber em 2010 
E agora Sasseti? O sonho acabou? Que nada! Ele queria voltar em 1993. Mas como?! Ele teve um das piores (se não a pior) atuações da historia da Formula 1 e ainda por cima queria voltar?!
Sasseti ficou entusiasmado, porque Nick Wirth, tinha um carro novo e bom para ele (novo até poderia ser, mas bom?!), o Andrea Moda S931, para a temporada de 1993. Dessa vez, Sasseti foi inteligente e não caiu no conto do vigário, mas Jean-Pierre Mosnier caiu, o que aconteceu depois vocês sabem.

Davy Jones, com um Lola patrocinado pela Andrea Moda, na Indy 500 de 1993
Sim, a Andrea Moda saiu da Formula 1, mas não do Automobilismo. A empresa do Sasseti estampou seu simbolo no macacão e nas laterais do Lola-Chevrolet T92/00 #50 de Davy Jones na Indy 500 de 1993. A prova foi vencida por Emerson Fittipaldi na Penske, Jones terminou a prova em 15º, 3 voltas atras do líder, ele corria pela Euromotorsports.

Perry McCarthy em Monaco
E hoje, o que o pessoal da Andrea Moda esta fazendo?

Andrea Sassetti
A revista Autosprint, publicou em 2007 uma entrevista com Andrea Sassetti, que o estilista/dono de equipe disse que ainda tem dois chassis guardados em casa, e que pretende leva-los a Goodwood Festival of Speed. Já imaginou, as duas Andrea Moda correndo em Goodwood (e provavelmente quebrando lá mesmo), eu iria até lá ver isso pessoalmente.

Roberto Moreno
 E o Moreno, como foi? Ele pilotou na Forti-Corsi em 1995, depois fez varias temporadas na CART, onde chegou a vencer algumas corridas, após isso, ele pilotou na Indy, até 2008, hoje, ele é empresario de novos pilotos.

Perry McCarthy

E o McCarthy? Em 1991, ele tinha feito testes na Footwork, depois da passagem pela Andrea Moda, ele fez testes pela Williams e pela Benetton, após isso, pilotou nas 24h de Le Mans de 1996 até 2003, depois, ele foi o primeiro ''The Stig'' do programa Top Gear. Hoje ele dá palestras pelo mundo todo.

E ai termina a serie da Andrea Moda na Formula 1, sua pequena passagem proporcionou algumas das maiores bizarrices da historia da Formula 1. O que vem depois, verão... 

Running...

Estou me virando agora...
Agora dá para ver eu escrevendo em três blogs (dois alem desse), o primeiro é esse, o segundo falarei agora

F1 Mania, o primeiro...
Já escrevo para o F1 Mania a um tempo, mas só fui falar agora, o F1 Mania é um blog já é um site conhecido, tendo um bom tempo já ai, e tenho a honra de escrever para eles, escrevo noticias, algumas chegaram a sair aqui no Racing Team. Quem conhece, sabe, que não conhece, o link esta aqui. Então esse é o segundo, e o terceiro...

... Reta dos Boxes (nessa foto, literamente), o segundo
... o Reta dos Boxes, um projeto do Felipe Pires, na qual o mesmo, o que vos escreve e o Gabriel Santos, é um pouco obvio sobre o que vamos escrever, para quem quer saber o que escrevemos lá, este é o link.

Bom, isso não fara diferença aqui, os posts vão sair na mesma normalidade de sempre.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Andrea Moda: Parte 6

A Moda esta no fim, mas continuo a serie sobre a participação da Andrea Moda na Formula 1. Hoje, sobre seus ultimos GP´s e as ultimas bizarrices.

Moreno com o Moda limpo na Alemanha
Na Alemanha, outra bizarrice, esta impensável. Perry McCarthy ficou de novo nos boxes jogando Super Nintendo (ou Mega Drive, mas se bobear, devia ser um Atari 2600), foi desclassificado, até ai normal... mas ele foi desclassificado por não participar da pesagem oficial!
Enquanto McCarthy estava desclassificado, nos pits, Moreno sentava a bota no Andrea Moda, que por mais que o piloto tirasse tudo do carro, ele não passava Andrea Chiesa e sua Fondmetal, dessa vez ele ficou a décimos de segundo do piloto suiço. Isso prova que Roberto Moreno tirava tudo do carro.

Moreno na Hungria, agora com patrocínio da Industrie Regione Marche
 Era fato, qualquer ''tia'' que desse um prato de comida para a equipe, tinha seu nome escrito em letras garrafais na carenagem do motor. Dessa vez era a Industrie Regione Marche que estava lá.
Na Hungria, eles tinham boas noticias, havia um piloto a menos no grid, Andrea Chiesa saiu da Fondmetal e Eric de van Poele sai da Brabham para pilotar na equipe italiana, e ninguém pegou a vaga de Van Poele na equipe. Com um carro a menos no grid, um carro da Moda ira ocupar o espaço no grid de Hungaroring, e quem vai ir? Acho que já sabem a resposta.

Isso sim é momento raro, McCarthy pilotando a Moda.
Sasseti, ainda chateado com a FISA, que não deixou trocar Perry McCarthy por Enrico Bertaggia e ainda por cima fez o perder muito dinheiro, começou a descontar tudo isso em cima do McCarthy. Mas na Hungria ele sacaneou bonito com o cara, na Hungria, seguraram ele nos pits muito tempo, só liberaram a 45s de terminar os treinos, McCarthy não fez nem uma volta e teve que voltar para os boxes.

Percebam, mas Andrea Sasseti (o da esquerda) esta completamente desolado
Tirando o que pode (e o que não pode) do carro, Moreno ''voa'' em Hungaroring, e fica a 6s do pole, Ricardo Patrese. Porem, aquele dia, a FISA deu um ultimato a Sasseti, ''Ou dão as mesmas condições para McCarthy, ou o excluímos do campeonato''.

Perry McCarthy na Belgica, com grande chance de se ''espatifar'' com o carro na Eau Rouge.
Em Spa-Francochamps, a Andrea Moda colocou os dois carros nos treinos de sábado (!), e não porque McCarthy fez um bom tempo, é porque a Brabham, após o GP da Hungria, abandonou a Formula 1, obviamente, Moreno e McCarthy ficaram no fundão do grid, McCarthy ficou a 10s de Moreno, e ele tinha um carro bom. Mas carro bom, para a Andrea Moda era um carro cheio de remendos e peças usadas do carro do Moreno, isso fez McCarthy quase protagonizar uma tragedia, eu digo QUASE, o próprio McCarthy ira explicar:

''Eu cheguei desesperadamente na Eau Rouge tentando faze-la em ''flat'', e o braço da direção teve uma flexão. Eu continuo não acreditando como consegui passar por aquela curva. Quando cheguei para falar com os mecanicos, eles disseram: Sim, nós sabemos, retiremos estas peças usadas do carro que o Moreno usou lá na Hungria.''

                                                                                                    Perry McCarthy


As coisas estavam ruins na pista, estavam piorando cada vez mais fora delas, Sasseti foi preso na Belgica por emitir notas fiscais frias. A FISA suspendeu por tempo indeterminado a equipe, alegando que mancha a seriedade do esporte. É terminada a passagem da Andrea Moda na Formula 1, mas será que a serie acabou? Veremos...


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Andrea Moda: Parte 5

Continuando (depois de quase um mês), a serie sobre a participação (e que participação) da Andrea Moda na Formula 1. Hoje falando sobre o ''pos-monaco'', que aconteceu depois do ''milagre de Moreno'' e o começo do fim para a Moda.

Racing Team recomenda: não use pneus de chuva em pista seca
 As bizarrices voltaram, e bem mais fortes do que nunca.
Festejando que finalmente seu carro correu bem, Sasseti foi para costa leste da Itália (Mar Adriático), onde ele tinha um boate, porem, aquela noite, a boate seria destruída por um incêndio criminoso. Na fuga do incêndio, um franco-atirador disparou contra Sasseti, não o acertou, mas o susto estava dado.

No Canada, a Moda, tinha tudo, menos o motor.

Após o susto, a equipe ''zarpou'' para o Canada. Chegando lá, tudo havia chegado, pilotos, equipe, mecânicos, chassis, pneus, tudo... menos os motores.
Oficialmente, a equipe disse que os motores não chegaram por causa de uma falha na rede elétrica na British Airways, que impediu que o Boeing 747 que estava carregando os motores, fosse carregado totalmente e chagasse a o Canada a tempo. Mas não foi bem assim... alguns diziam que Sasseti não teria pagado a Judd, que não forneceu os motores. Sasseti teve que conseguir um motor emprestado da Brabham, que, naquela temporada, usava o mesmo motor.

Mesmo sem pilotar, Perry McCarthy continuava sorridente (vemos que a  Balaclava serve para varias coisas)
Como tradição, as equipes brincavam na  raia olímpica de Montreal com um barco/cockpit. Mas nem para isso a Andrea Moda prestava, o barco simplesmente afundou!
Na corrida, nada mudava, o carro deu quatro voltas e o motor emprestado foi pro saco, o carro ficou 14s atras de Andrea Chiesa, piloto da Fondmetal.

Sasseti ficou sem seu ''braço direito''

Voltando a Europa, dois GP´s, França (Magny-Cours) e Inglaterra (Silverstone), já na França, estavam sem chefe de equipe, Frederic Dhainault se demitiu para se concentrar em um futuro projeto de equipe (a Dhainault, não de certo, obviamente), mas isso não faria muita diferença.

Moreno em Silverstone (agora chegaram!)
Para piorar, uma greve dos caminhoneiros fechou as principais estradas francesas, uma delas, indo para Magny-Cours, todas as equipes pegaram um atalho... menos a Andrea Moda, que ficou presa em um engarrafamento, não participaram do GP da França.

É isso que acontece quando se usa pneu de chuva em pista seca
Dois GP´s sem aparecer era demais para os patrocinadores, então em Silverstone, eles vieram sem patrocinadores, com o carro totalmente preto, mas não é pior do que aconteceu depois:

Perry McCarthy, a 30s dele...

Uma chuva tinha deixado a pista úmida de madrugada, e McCarthy teve que ceder algumas peças para o Roberto Moreno e teve que esperar Moreno marcar um tempo para ele correr. Quando McCarthy saiu, a pista já havia secado e ele estava com pneus de chuva! Então, lá foi McCarthy tirar um bom tempo com pneus de chuva no seco!

... e a 12s dele (!)
Moreno até que andou bem, ficou a 2s de Andrea Chiesa, na Fondmetal, mas McCarthy... ficou a 30s do pole positon, Nigel Mansell e a 12s do pole da Formula 3000, Rubens Barrichello (!).




São Paulo Indy 300

Não costumo colocar textos da Indy aqui (vou começar a fazer isso, por que também sou fã da categoria norte-americana), mas farei isso hoje, por duas coisas, primeiro, por que fui eu e o Gabriel Santos que escrevemos esse texto (original do blog F1 Racing Team Brasil), e segundo, o evento foi no Brasil. Então, lá vamos nós.


O warm-up dos pilotos da Indy começou com chuva, mas a corrida iniciou de pista seca.

Nas primeiras voltas, as primeiras colocações foram mantidas, mas as alterações começaram na volta 19, com a chuva e Katherine Legge bateu no muro, mas conseguiu voltar para os boxes.

Largada: Chuva, muita água e Will Power na frente.

Já tinha bandeira amarela, decorrente de um acidente, do Ryan Briscoe e acabou ficando por três voltas na amarela, quando deu a relargada, a corrida foi disputada, o Castroneves saiu de 8º e ficou em 5º, mas nem deu a reta direito.

Um que pilotou bem foi Barrichello, se equilibrou no meio do pelotão da frente maioria do tempo.

Ocorreu outra bandeira amarela com o piloto Dario Franchitti, que foi tocado e foi parar no outro lado da pista, mais uma bandeira amarela (mais uma na coleção), algumas voltas depois, relargada (e sem bandeira amarela), foi disputada, muitas ultrapassagens, o grid mudou muito, menos o líder, que ainda era Will Power, me lembro que o segundo era Ryan Hunter-Reay (otima corrida), após isso, deu a temporada de pits, muitas estrategias, mas quem se deu bem foi (de novo) Will Power, que fez os pits, um tão qual tardios. Saiu rapido, porem não na frente, mas perto, foi preciso algumas ultrapassagens até chegar a liderança.

O S do Samba foi uma curva bem problemática, Tony Kannan e Bia Figueredo que o digam

Mas foi pouco até acontecer o acidente, Bia Figueredo, Tony Kannan e mais uns 4 pilotos, se engalfinharam no S do samba, e fim de corrida para dois pilotos, mas não para os brasileiros, que continuaram no GP, porém, nas últimas posições. No fim, faltando 9 voltas pro final, dois pilotos do fim do grid batem, obstruindo quase totalmente a pista, mais uma bandeira amarela, a relargada foi a 5 voltas pro fim, foi por pouco tempo, e o grid se modificou,  com Takuma Sato ultrapassando  Helio Castroneves, e ficou na 3º posição e o brasileiro na 4º . Foi pouco, e fim de corrida. o restante, vocês já sabem.

Quem se deu bem (de novo) foi Will Power.
A próxima etapa será em Indianapolis, é sera nada mais, nada menos que a Indy 500.